O cartucho de vela benta
Oi moço! Eu vou contar um causo pra você!O saci existe o
pessoal da cidade não acredita, mas é a pura verdade!Eu mesmo já vi um preso na
garrafa de guaraná lá na cidade velha. Mas agora vou contar outro causo para
você.
Foi lá no sitio de Bento Rosa, uma vez, apareceu um saci que
começou a fazer desordem era uma bagunça só toda tarde. O danado dava nó nas
cordas, fazia tranças nas crinas dos cavalos, jogava areia na panela de feijão,
botava as coisas fora do lugar, sujava as roupas, jogava pedras no telhado,
fazia o leite do latão azedar e gritava bem forte:
---FIIIIIIIU.
A cachorrada ficava louca atrás dele dando pega pra tudo que
é lado! E foi benzedeira foi reza das comadres. Foi padre. E nada do
candanguinho preto ir embora da roça do Bento!
Quando um dia de tarde, depois de comer o fogado da festa de
santa cruz, o Zezinho Pereira resolveu ir visitar o seu amigo Bento Rosa.
---Ôa!Olá Zezinho venha tomar um café!
E o Bento contou tudinho do ocorrido.
---Zezinho, eu não agüento mais a bagunça que ele tá fazendo
aqui em casa. Todas as tardes ele apronta das boas.
---E sei como você pode se livrar desse saci e o espantar.
Você tem vela benta? Porque eu tenho vamos lá.
O seu Zezinho era um caçador que sabia de muitas coisas.
Chegando ao capoeirão o seu Zezinho tratou de se esconder,
armou o cartucho, colocou no lugar do chumbo uns pingos da vela benta.
Parecia que naquela tarde o saci não veria só se ouvia os
grilos e as corujas, quando se ouve um grito ardido:
---FIIIIIIIU!
---Agora eu pego esse danado.
Então ele mirou bem no negrinho e sentou fogo.
BUM!
---O negrinho se levantou e foi embora e nunca mais
atormentou pra aqueles lugares. E eu se acredito?Claro porque quem me contou
isso não tinha o porquê mentir. Agora eu vou indo tenho coisas para fazer.
FIM.
Gostei muito do piquinique foi muito legal eu comi bolo,comi torta espero ter mais dias assim.
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